A Sexualidade durante o Tratamento do Câncer

Afinal, existe vida sexual após o diagnóstico do câncer? Pouco explorada, a sexualidade deve ser rebatida e estimulada durante a quimioterapia, radioterapia e outros tratamentos contra o câncer.
Sexo é parte importante da vida diária de qualquer pessoa. Sexo é uma atividade, algo que se faz com um parceiro. E, durante o tratamento de câncer, deve ser tratada da mesma maneira.

Pessoas com câncer passam por diversos tipos de tratamento. Muitas vezes dolorosos, outras nem tanto. O fato é que durante o processo de quimioterapia, radioterapia e hormonioterapia, o corpo das mulheres sofre inúmeros efeitos colaterais. Além da queda de todos os pêlos do corpo, ocorre a secura das mucosas – o que dificulta a lubrificação da vagina – e também queda na libido.

Além disso, há a questão da insegurança com relação ao corpo, principalmente para pacientes que passam por mastectomia, já que os seios são símbolo de feminilidade da mulher e protagonista da sua sexualidade. Por tudo isso, o sexo durante o tratamento de câncer é um assunto complexo de se tratar.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) diz que o sexo é um dos quatro pilares da qualidade de vida. A abordagem desse tema no tratamento de câncer no Brasil ainda não é uma realidade, mas vem ganhando força.
Oncologistas concordam que a abordagem do sexo no tratamento do câncer não está consolidada no Brasil. Nos Estados Unidos, já se fala em uma especialidade denominada oncosexology (ou oncosexologia, em tradução livre) para tratar as questões da sexualidade desses pacientes.
Não raramente, o parceiro ao descobrir a doença de seu companheiro acaba por deixá-lo.
Sentir-se atraente e desejada durante a sua doença é possível sim! E não há nada de errado nisso. Isto pode te surpreender, especialmente se você está se sentindo para baixo ou se ficou algum tempo sem ser tocada ou fazer sexo com alguém.
Há inúmeros benefícios ao estimular a sexualidade durante e depois do tratamento, principalmente como forma de elevar a autoestima da paciente, além de também fortalecer o relacionamento com o parceiro. É realmente necessário lutar contra esse tabu, começar a tratar o sexo como algo que é possível (e recomendável) de ser praticado durante essa fase da VIDA. Qualquer repressão e insegurança não são bem-vindas quando ainda há desejo, segundo especialistas.
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