Pós-parto e as relações sexuais

Cansaço e exaustão física são os principais motivos, segundo médicos, para a falta de interesse por sexo no pós-parto.

Entenda melhor o que ocorre com a mulher nesse período.

O cansaço aumenta durante a gravidez, as dores musculares e na coluna, as noites mal dormidas. Com isto, soma-se o cansaço do parto.

Durante o pós parto a mulher tem muitas preocupações, a primeira delas é cuidar de seu filho, principalmente durante os primeiros dias onde os cuidados precisam ser maiores, pois a criança está bastante sensível e a mãe por sua vez também está aprendendo os métodos de cuidar de seu filho

Mas nem só o cansaço é responsável pela falta de apetite sexual no pós-parto.

O nível de estrogênio da mulher fica muito baixo, provocando desinteresse e ressecamento vaginal.

A amamentação libera prolactina (hormônio proteico produzido pelo lobo anterior da pituitária e que estimula o corpo-lúteo e a produção de leite pelas glândulas mamárias), inibindo a vontade de ter relação sexual e, em alguns casos, deixando um pouco depressiva.

Não existe um período certo para que os músculos vaginais voltem ao seu estado normal.

Existem mulheres que fizeram cesárea, por exemplo, e voltam perdendo urina depois do parto por conta da falta de exercícios para o fortalecimento do assoalho pélvico ou excesso de peso – da barriga ou por carregar o bebê. Isso tudo pode provocar flacidez do períneo. Se ela teve parto vaginal sem laceração pode procurar exercícios para fortalecer o assoalho pélvico duas semanas após o parto. Se perceber que a vagina está flácida, não sente prazer no sexo, solta flatulências vaginais durante o sexo ou não está contendo a urina é recomendado procurar um bom fisioterapeuta, de preferência especialista em fisioterapia pélvica ou uroginecologica, para se orientar sobre os exercícios corretos.

É aconselhado que a mulher volte a ter relações sexuais somente após 30 ou 40 dias do parto. Tempo suficiente para o útero se refazer das mudanças ocasionadas pela gravidez.

A penetração não é recomendada nesse período, pois além das chances de se machucar, pode ter algum tipo de infecção no útero.

No entanto, as carícias e o contato entre o casal devem ocorrer naturalmente. Isso ajudará muito na recuperação da mulher.

Atenção, carinho, cordialidade e a capacidade de se colocar no lugar do outro devem fazer parte do relacionamento que essa fase não se torne tão difícil.